Cirurgia tranquila, mas pós-operatório sem andar muito complicado. Aí começou o exercício da dependência, que atualmente está no final. O aprendizado foi importante e necessário, o desconforto também! Maphalda mais uma vez se tornando uma companheira e tanto, colaborando como pôde, sem passear tanto, ficando com as ancas incomparavelmente grandes, mas calminha como que se entendesse a situação e aguardasse pacíficamente por minha recuperação e nossa retomada às ruas e jardins da bela cidade de Santos.
Hoje finalmente pudemos caminhar por mais tempo, meu "robofoot" já no maleiro do armário praticamente aposentado, faz a figuração do cenário do quarto de dormir. O pé esquisitamente pisando no chão, no reequilíbrio do caminhar, marcando mais lentamente os passos que novamente começam a configurar os caminhos e as escolhas. Sem pontos e sem pinos estamos aos poucos sentindo o alívio do poder voltar a ir e vir. O Dhu meu número um acompanhando como pôde, também pacientemente espera sua vez de sair. Dormindo de lado dentro da sapateira aguarda seu momento chegar, o sol abrandar e irmos todos novamente como uma matilha, a nossa acalorada matilha.
