sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

A mente quieta, espinha ereta e o coração tranquilo!


























Ter cães como companheiros de viagem é algo muito interessante! Poder desfrutar da companhia de outra espécie dividindo espaço conosco é uma aventura e tanto. Como nós somos responsáveis por trazer os bichos para junto de nós, nada mais justo que lhes proporcionemos a melhor qualidade de vida possível, afinal os retiramos do convívio com a natureza. Impomos limites e regras em troca de carinho, atenção e talvez obediência.






Compreender o comportamento canino torna-se fundamental para melhorar ainda mais essa relação. Uma vez em terapia, fiz um comentário com minha terapeuta (que pelo jeito adora cães também) que não se deve tratar os cães como seres humanos e ela então me questionou sobre isso. Expliquei-lhe o que tenho estudado ao longo desses anos de convivência. Um cão é um cão. Puxa, que brilhante afirmação deve ter-lhe ocorrido, querido leitor. Pois vamos lá então! Cães têm insitintos, precisam de exercício, alimento, e atenção, exatamente nesta ordem. Tres coisas simples que podem tornar a convivência ainda mais interessante. Algumas outras regras de ouro dizem respeito à limites e hierarquia. Vivem socialmente e nas matilhas originais sempre há um lider. Devemos aprender a exercer essa liderança. Qualquer humano, por mais jovem sempre deverá estar na posição de liderança frente ao cão. Eles precisam e gostam disso. Uma liderança adquirida com carinho coloca o cão na posição de submissão totalmente compatível com sua natureza.






Passear com os cães é um das melhores formas de fazê-los felizes, dispostos e sarados! Traz benefícios mútos! O passear no entanto, exige uma certa energia interna que não sei explicar bem como acontece, talvez eles percebam pela nossa postura corporal, ou talvez algum cheiro que exalamos.
Quando caminho com os três e estou preocupada com algo, ansiosa, aflita, ou algo assim o passeio se torna um tormento. Resolvem ir um para cada lado, fazer xixi a todo momento (os machos), a grandona puxando a guia, o caos instalado. Como se não bastasse ela, vez ou outra resolve se jogar no chão com as patas pra cima tentando morder a guia para brincar ou chamar minha atenção. Nesse momento então percebo que a mente não estava quieta, a espinha não estava ereta e nem o coração tranquilo. Paramos, respiramos e começamos tudo novamente e... TUDO MUDA!

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Pousando para Fotos

Durante nosso trabalho voluntário na extinta OBIHACC, nossos queridos cães terapeutas foram fotografados para fazer parte do calendário confeccionado com finalidade de arrecadar fundos para as instituições. No ano de 2008 suas fotos ficaram no mês de Setembro.
























As sessões de fotos são muito divertidas, imaginem você caro leitor cerca de 30 cães para tirar fotos!! A paciência das profissionais do fotopets é algo digno de nota, pois além dos cães a de se contar com seus donos, que muitas vezes atrapalham mais do que os próprios cães.










Já neste ano 2009 abrindo o ano logo no mês de Janeiro estão lá os queridos, junto com uma colega de trabalho.





A sessão fotográfica de 2008 foi na Instituição Ondina Lobo em São Paulo, a de 2009 foi no estúdio da fotopets, que fica no bairro agradável do Campo Belo, e não menos agradável foi estar com as meninas acolhedoras Sylvia e Vanessa (fotógrafa profissional). Sylvia, jornalista de formação, cursa atualmente medicina veterinária e nos deu várias dicas de alimentação e cuidados naturais que se pode ter com os cães. Elas têm 7 animaizinhos de estimação dentre eles três cães, um gato e um coelho, todos com uma pelagem invejável, temperamento tranquilo. Dá para sentir que são muito amados, além de serem cuidados com uma alimentação diferenciada. Sylvia estuda e pratica a alimentação natural que explica e defende em seu site. O cachorro verde é dedicado a um tipo natural de alimentação. Destacando-se para cães e gatos, pode-se ter acesso à estudos e pesquisas constantes na área de nutrição e cuidados veterinários. Confesso que não consegui aderir a tal método ainda, embora tenha me encantado pelos resultados observando os animais das meninas. Mas conforme explica a própria Sylvia no site, não é uma coisa simples e para se mudar de repente, requer um tempo para adaptação principalmente do dono do animal.


Esse universo de donos de cães é muito interessante, facilita a interação social das pessoas. Há interesses comuns, há paixões comuns e compatilhamento de informações, pois em sua maioria as pessoas buscam o bem-estar animal e por conseguinte o bem-estar que essa relação traz. Só quem compartilha de uma bela lambida é que sabe exatamente o que eu quero dizer!

segunda-feira, 26 de janeiro de 2009

DOCE E MEIGA MAPHALDA!!!
















Não há como voltar à trás, viver sem cães nunca mais!!! Mas, aumentar a matilha parecia COISA DE LOUCO!! Será?

No início de 2008 tive um projeto de iniciação científica aprovado, uau!!! Uma vitória e tanto!! O trabalho versaria sobre crianças abrigadas e a atuação da Terapia Assistida com Animais. Eu, Dhurval e Júnior, ai meu Deus, não daríamos conta sozinhos? Dhu e Jú muito pequeninos, precisaríamos de um cão maior, como resolver isso?

Alguns amigos então se compadeceram do meu desespero, pois o tempo urgia e alguns meses o cão precisaria estar afiado para começarmos o trabalho.
Minha querida orientadora Ms. Teresa Zogaib gentilmente ofereceu Apollo seu Golden Retriever de 18 meses, um "gato" conforme vocês podem conferir. Apollo passou no teste de comportamento feito pela também querida Kátia Aiello a quem deixo um obrigada especial. Porém, mesmo com ajuda do querido Celso como adestrador, achamos que Apollo não estava totalmente à vontade para realizar esse trabalho.



Eis que, (em minha vida sempre deparo com pessoas especias), minha querida amiga Marisa Solano me deu um dos meus melhores presentes, conseguiu através de outra alma generosa e boa, o jovem Marcos proprietário de um dos mais premiados canis do Brasil (Golden Trip), a doação da DOCE E MEIGA MAPHALDAAAAA.




Com seis meses e pesando 25kg chegou para integrar e aumentar consideralvelmente nossa matilha!!!









Como caberia mais amor em nosso coração? Já amávamos tanto Dhu e Jú? Confesso que na primeira semana consideramos a maior loucura de nossas vidas. Estávamos morando num apartamento de 1 quarto, pois reformávamos o nosso, e lá recebemos Maphalda, que no começo tinha plena certeza que o apartamento era um grande canil, onde ela poderia a qualquer tempo picar e espalhar jornal pela casa, fazer uns dois litros de xixi na sala, às vezes acompanhados de aproximadamente700g de cocô fresquinho e totalmente pisoteado.


Graças ao bom Deus isso só durou uma semana, senão teríamos enlouquecido. Essa figura canina enorme, hoje aprendeu onde fazer suas necessidades, e não moramos mais no apartamento de um quarto. E hoje ela nos mostrou como caberia mais amor em nosso coração.
Maphalda também chamada de Maphis, em seu primeiro banho!
Essa linda cadela veio para ficar e trabalhar muito. Logo aos oito meses de vida já iniciou sua carreira acompanhada inicialmente só do Dhurval, depois o trio entrou em ação. Foram dois meses de trabalho com as crianças do Abrigo Vó Benedita em Santos. Os cães fizeram o maior sucesso com a criançada e a análise dos resultados obtidos ainda está no forno, para 2009 fazer parte do arsenal científico da UNIP. E Maphalda conquistou nossos corações de uma forma muito especial e arrebatadora parece que está conosco há muitoooo tempo e dividimos nossos dias com esse super CADELÃO!

Singela Homenagem

Esta postagem tem o intuito de homenagear uma cadela especial que recentemente nos deixou.








Mel embaixo da faixa em sua última visita à Santos, na 4ª Cãominhada!
Que os cães, são especiais, todos já sabem, mas cães terapeutas são hiper-especiais. Justifico essa afirmação, pois se nossos cães nos fazem tão bem, sendo companheiros incondicionais e melhores amigos, imaginem vocês queridos amigos que leêm estas palavras o que diríamos de cães de trabalho que levam alegria à vida de tantas pessoas?






A linda e adorável Mel, pequena no nome, mas gigante nas ações. Mel, nossa querida companheira fez a alegria de muitas crianças trabalhando com Educação Assistida por Animais com sua dona nossa amiga e profissional extra-competente Marisa Solano.











Mel trabalhou principalmente no desenvolvimento de crianças. Sempre ligado à aprendizagem com ênfase em leitura e escrita. As crianças tinham um carinho especial por ela, e isso era mútuo.







Onde chegava cativava os presentes, seu jeito delicado e curioso ao mesmo tempo faziam dela uma companheira prá lá de especial.







Acho que Deus estava precisando de algum cachorro para fazer EAA, então a Mel foi a escolhida, deixou saudades!!!

Amores incondicionais!!!












Quando criança sempre ouvi minha mãe dizer que as mães amam seus filhos da mesma forma. Nunca a questionei porque não tenho filhos. Será que ela não estava enganada? Hoje talvez eu possa dizer que não é da mesma forma, mas com a mesma intensidade.

Os peludos me ensinaram que é possível se amar o diferente. Quando o Dhurval chegou, ocupou um espaço e parecia que não cabia mais nada, aí entao veio o Júnior, a Bijú.... Ah, que não cabe o quê? Amamos cada um desses cães de forma diferente, pois eles são diferentes. Respeitando suas características próprias e singulares. São da mesma espécie, da mesma família, mas muito diferentes e conseguimos compreender e aceitar suas particularidades. Afinal eles têm por nós um amor INCONDICIONAL, faça chuva ou faça sol, sejamos bonitos ou feios, gordos ou magros, cheirosos ou fedorentos, sempre estão dispostos a ficar por perto, a dar e receber atenção.





Convivendo com essas espécies, tão especiais que vão fazendo nossa vida muito mais divertida!!! A cada reação, a cada lambida, a cada abanada de rabo, a cada euforia, a cada dia...





Com olhos de jaboticaba, uma expressão de paz e alegria ao mesmo tempo, vão nos envolvendo a cada vez...




sábado, 24 de janeiro de 2009

Primeiros Cães Terapeutas












Essa linda história começou num click em um site da amiga Marcela, que é a dona do primeiro amor do Dhurval. Andando por lá vi um link de um projeto chamado "Cão do Idoso", fui em busca de maiores informações e algumas semanas depois estava eu lá em São Paulo fazendo o curso de Terapia Assistida por Animais. A ONG infelizmente não existe mais, mas a galera de peso que trabalhou por lá continua na estrada: Kátia, Carla, Vinícius, Fátima, Silvana, Mário, dos que conheço são os que lutam por continuar o trabalho. O querido Jerson saiu dessa estrada, mas como a vida é feita de escolhas, ele escolheu o seu melhor, com certeza.








Nessa oportunidade conheci Marisa Solano uma pessoa extremamente hospitaleira e amiga, além de profissional experiente e capaz, quando se fala em Educação Assistida por Animais é seu nome o primeiro a ser lembrado.





























Lá também pude conhecer Profª Maria de Fátima, quem conversa com ela por 5 minutos percebe que disfruta da companhia de uma pessoa maravilhosa. Simples e profunda, duas palavras para defini-la. E lá fui eu para Pirassununga atrás de aprender um pouco mais. 12 horas por dia, 4 para ir, 4 para voltar e 4 no curso de Agosto à Dezembro, mas VALEU!!




Durante os meses do curso o coração batia forte, e a pergunta calava: Será que o Dhurval e o Júnior podem ser cães terapeutas?



















Poderiam trabalhar como seus companheiros de estrada já tão experientes?

Até que o dia chegou e a querida Kátia os avaliou e eles PASSARAM!! Foi um dia de glória!!













Logo na semana seguinte começamos nosso trabalho na Casa de Idosos Ondila Lobo. Fomos revesando a cada semana ia um dos cães. Uma semana Dhurval na outra Júnior. Durante o ano de 2007 visitando os idosos em São Paulo e enquanto isso busquei um trabalho mais próximo da nossa cidade. Passamos também a visitar a pediatria do Hospital Guilherme Álvaro. Lá tivemos ótimos momentos, Dhurval é agitado e se dá muito bem com crianças. Foi um trabalho voluntário que durou apenas dois meses. O resultado desse trabalho salta aos olhos, a alegria das pessoas ao verem os cães chegando é algo muito motivador. Não só a interação com os internados como a interação com a equipe de trabalho. Quando o trabalho assistido por animais tem critério de execução, segue normas e protocolos são inúmeros os benefícios alcançados. E isso motivou-nos a ampliar a atuação, logo passamos da atividade assistida por animais para a Terapia Assistida por Animais no Hospital Dante Pazzanese em substituição à casa Ondila Lobo. Dhurval passamos a trabalhar com as crianças da pediatria e ele fez muito sucesso! Durante o ano em que trabalhomos lá tivemos muitas experiências agradáveis.













Porém um dia Dhurval resolveu latir dentro do Hospital e tivemos que sair desse trabalho.

Algumas portas se fecham e outras se abrem quase instantaneamente...






Júnior estava nesse momento em standy bye, pois andou com um comportamento inadequado com o trato das crianças. Achei que ele era mais chegado nos vovôs e vovós, resolvemos então esperar uma outra ocasião.






Até que um dia recebo um recado no Orkut com um convite para conhecer uma escola especial e São Vicente. Lá vamos nós!! Fui sem cães inicialmente e muito bem recebida pelos funcionários, tratamos de começar um trabalho com as crianças da escola, que em sua maioria são autistas.



E Dhuval coloca todo seu talento em prática, ajudando os garotos e garotas do NUMAA!!























quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Mais uma integrante da turma, BIJÚ















Antes de falarmos da linda estreante na família, vale um relato do encontro de Otto e Júnior, no momento "pelado". Se olharam, e brincaram muito nesse dia. Há tempos não se vêem mais, coisas da vida...

Nosso galanteador Dhurval arrumou várias namoradas depois da primeira e foi pai de 10 filhos no total! Para alívio humano não é preciso pagar pensão de toda a galera, ufa!! De seu segundo romance nasceram 4 lindos bebês. Um deles em especial ficou na família: BIJÚ é seu nome:

















Foi muito bem recebida pelo mano Júnior, mas o papai não se afeiçoou muito logo no começo, diferente dos humanos os cães não precisam demonstrar que amam seus filhos, podem até comportar-se de maneira arredia em relação à eles.


















Não poderiamos deixar de relatar seu primeiro banho, aliás aqui são todos muito limpinhos, têm seus banhos registrados, embora a diferença só se perceba pelas datas e pela fé na veracidade dos fatos, rsrsrsrs. Molhados são todos igualmente magérrimos e com uma certa semelhança à roedores!!!











Seu "Pós banho", digno de uma mocinha, uma verdadeira lady!
























Desde pequenina adora um cafofo, quando não há um por perto, dá logo um jeito e faz um como num passe de mágica.







Como o irmão, também já teve LONGOS E CURTOS cabelos

:


Parecendo variar por raças sendo disfarçadamente uma Poodle, para os menos avisados!!!



Biju essa meiguice de cadela, hoje tem 3 aninhos, vive em São Paulo é a melhor companheira do mundo para sua dona, nossa querida Thais. Ainda não cruzou, não por faltarem pretendentes, apenas por não ter sido possível ainda.

Bijú faz a diferença na vida de pelo menos umas cinco pessoas, traz alegria, preocupação, risos, choros, broncas às vezes, mas nem importa o saldo é sempre POSITIVO!!







quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Chegou o Júnior

Dhurval precocemente cruzou pela primeira vez ao completar um aninho! Em 07/10/2005 nasceram seus primeiros três filhinhos: Roxie, Otto e o valente Júnior. Nosso herói teve sua patinha traseira comida ao nascer. A bem intensionada mamãe Hillary deve ter errado a pontaria e comeu-lhe um pedaço da pata quando o limpava (imaginamos nós). O desespero de toda situação nos tocou fundo. A dona da fêmea, nossa atual amiga Marcela, não podia ficar com mais um cão, como na época estava em situação difícil e já tinha outra cadela ofereceu o pequeno a uns amigos que titubearam em aceitar ficar com o então pequeno de 3 patas. Nossas preces foram atendidas totalmente! Pela sobrevivência dele e pela desistência de ficarem com nosso bebê acidentado. Ele então, veio morar com o papai Dhurval. Aprendeu a andar com suas 3 fortes patinhas e hoje: anda, brinca, rosna, rosna, rosna, e corre muito bem!


Seu primeiro banho não podia deixar de aparecer, aliás quase um clone do papai:












E o "pós banho" também é imprescindível:













Dhu e Jú como são carinhosamente chamados eram muito parecidos, a não ser pelo peito e as patas branquinhas de Jú. Vivem felizes aqui em casa, que cada vez se enche mais de amor, carinho e CÃES!!























Aliás, viver com esse cabelão morando numa cidade quente como Santos é quase impossível! Nosso herói, agora vive entre penteados e tosas, há quem diga que ele varie entre raças, e consiga passar de Lhasa Apso à filhote de Boxer numa única ida ao "barbeiro"!!





Júnior Peludo




Júnior Pelado



Essas criaturas maravilhosas mudaram o rumo de nossas vidas e com certeza nos ajudaram a escrever uma história bem mais bonita!!!






Quem sou eu

Minha foto
Santos, SP, Brazil
Rosanna Ré – Psicóloga, psicoterapeuta de orientação sistêmica, formada pela Universidade Paulista UNIP, com especialização em Psicologia Sistêmica para atendimento de casais e famílias pela PUC-SP. Formação em PNL pela ABPNL Formação em Terapia Transpessoal pela DEP Experiência Clínica de 25 anos. Trabalho de 5 anos com Terapia Assistida por Animais CRP 06/106.383