Treinamento de Cães

Algumas pessoas extremamente especiais trabalham em prol da melhoria da qualidade de vida de outras pessoas. Assim é o trabalho realizado pela ACGC.
A Associação Cão Guia de Cegos (ACGC) foi fundada em 02/05/1981 sendo pioneira no Brasil. É uma entidade decretada de Utilidade Pública Estadual, Lei nº. 4.719 e Federal Dec. Lei nº. 92343. De caráter filantrópico, sem fins lucrativos, a Associação ministra cursos com uma equipe de profissionais altamente especializados. A entidade possui cães de raças diversas já iniciadas na função de cães-guia. A Equipe é formada pelos profissionais: Monica Grimaldi- presidente; Marcio Di Domenico- vice-presidente; Instrutores Adylson Lima; Adelsson Ramalho Adestradores/trainers Marcelo Giovanna Junqueira.

Nesse trabalho os cães são treinados para serem os olhos dos que não enxergam. Muito interessante nessa história, como a própria Dra. Mônica Grimaldi me disse outro dia que um cão na Inglaterra leva em torno de 6 meses para completar o adestramento, enquanto no Brasil esse tempo pode chegar à 2 ANOS! Aí surge a questão: -cães brasileiros seriam menos inteligentes que os ingleses? Ou talvez os treinadores não seriam tão eficientes?

NEM UMA COISA, NEM OUTRA... As condições físicas de nossas ruas, lojas, shopping centeres, supermercados, etc. dificultam sobremaneira esse treinamento, o que ocasiona, além da demora um aumento no custo final do trabalho. Nas calçadas inglesas e, creio eu, em outros países do primeiro mundo em geral, há uma diferença na textura delas, não há "orelhões", buracos nas calçadas, e os motoristas têm outra noção de educação no trânsito e cidadania. Chegaremos lá um dia?

Para conhecer melhor: http://caesguia-acgc.blogspot.com/

Adestramento

Começamos o 1º curso de adestramento do Kenel Clube de São Paulo.

Equipe técnica de altíssimo nível, contando com os profissionais:

Sr. LEONEL DOS SANTOS JUNIOR -TÉCNICAS AVANÇADAS DE ADESTRAMENTO (Módulo Teórico);

Ten. JOSÉ AIRTON RODRIGUES FREITAS - TÉCNICAS AVANÇADAS DE ADESTRAMENTO (Módulo Prático)

Med. Vet. Dr. ARISTIDES MAGANIN JUNIOR - NOÇÕES BÁSICAS DE SAÚDE CANINA

Sr. CLAUDIO ALMEIDA - HISTÓRIA E UTILIZAÇÃO DO CÃO

Dra. MÔNICA GRIMALDI - LEGISLAÇÃO CANINA E POSSE REPONSÁVEL

Profª MARISA SOLANO - ATIVIDADE ASSISTIDA POR ANIMAIS (A.A.A.)

O curso terá um total de 100 horas divididas entre 45 teóricas e 55 horas práticas. Entender um pouco mais sobre o comportamento animal e como adequá-lo às nossas atividades é fundamental para o bom andamento dos trabalhos, por conta disso, arregassamos as mangas e fomos à luta!

Ah, claro querido leitor "FOMOS" se refere à mim mesma e os 3 cães! Sim claro, trabalhamos em equipe, os cães estão participando das atividades práticas e me ensinando muitas coisas a cada momento!!

Atividade Assistida por Animais

HOSPITAL DR. LUIZ CARMARGO DA FONSECA E SILVA, gentilmente nos recebeu para a primeira atividade com os hospitalizados na pediatria. No dia 06/04/2009, após uma reunião anterior com a diretoria clínica e administrativa, iniciamos os trabalhos de atividade assistida por animais. Contamos com a participação de alguns funcionários da brinquedoteca, em especial a alegre Eliana, funcionárias da enfermagem e técnicos em geral que foram conferir de perto nosso trabalho.
O ambiente extremamente bem montado da brinquedoteca facilitou a atividade direcionada às crianças e até mesmo da equipe em geral. Muito bem cuidada, a ampla sala contém uma gama rica de brinquedos e materiais lúdicos em geral.
A acolhida foi muito significativa e descontraidamente propusemos alguns momentos de alegria às crianças, seus familiares e aos próprios funcionários que pelos sorrisos que conseguimos perceber viveram momentos de alívio no pesado dia de trabalho, de quem a todo momento, se contacta com a fragilidade da vida humana.






Pudemos contar com o apoio dos colegas Marcelo e Marina nos dando a retaguarda necessária para tudo correr de forma harmoniosa e tranquila!

As crianças puderam aproveitar os momentos de interação com os cães, permitindo assim, através do sorriso leve e espontâneo, levar um pouco de alegria aos corações de suas mamães.




Bom início à todos e que os frutos sejam doces e inesquecíveis!

LOST

Viver com cães é algo indescritível. As aventuras, risadas, comportamentos, enfim tudo surge sem um script, as ações simplesmente ACONTECEM! Como acabamos por ficar conhecidos por todos, logo se criam histórias hilárias.
Hoje cedo a campainha tocou enquanto eu trocava os jornais de xixi e cocô dos peludos; ao olhar pelo olho mágico vi o ex-síndico e prontamente abri a porta segurando Júnior e Biju com os pés. Ele me diz: - Olha, vocês esqueceram o Dhurval prá fora! Abaixei os olhos para conferir, Dhu estava atrás de mim e na minha frente havia um Lhasa Apso maior que Dhurval, com a mesma cor, orelhas um pouco mais escuras e maior. Disse esse não é o Dhurval! E ele me respondeu, mas eu chamei e ele veio... Um lindo cãozinho se apresentou abanando o rabo e entrando pela cozinha. Bem, deixe ele aqui sr. Rui e vamos tentar descobrir de quem é!
Havia uma leve desconfiança de ser do vizinho do ... Interfonamos e... nada! Haviam ido viajar... Bem, por uninimidade dos votos ficaríamos com ele até segunda-feira, afinal o bicho poderia ter sido esquecido! Demos água e ração, não comeu nada e em fração de segundos fez xixi no batente do banheiro e cocô no epicentro da cozinha. Minha vontade era jogá-lo pela janela, mas entendendo seu estresse por estar esquecido/perdido, resolvi relevar!
Preparamos as coisas para irmos à praia e prendemos Lost, na sala uma vez que estávamos com uma hóspede no cio. Sim, a querida Biju estáva no cio e Lost não era castrado como são Dhurval e Júnior. Colocamos água, ração e uns petiscos e descemos. Nos deslocamos até a banca de jornal e lá o simpático jornaleiro nos entregou uma boa quantidade de jornais antigos para a forração do pipi rom dos peludos. Voltamos ao prédio e subi para deixar o pesado pacote de jornais em casa. Ao subir encontrei um vizinho descendo as escadas. Tive vontade de perguntar se ele procurava algo, mas me calei. Ao chegar na portaria ouço grito: Rô, Rô, achamos! O senhor, que exalava um odor característico de quem tomara muuuiiittttaaaa cerveja, era o dono de B., o cão perdido. Ele talvez nunca se lembre do episódio, mas B. certamente se lembrará da matilha que o acolheu. Quando chegou a portaria a Lú ouviu o senhor falar a palavra cachorro, então perguntou e era ele mesmo o dono do perdido. Subiu então e entregamos o pequeno visitante, que segundo o dono havia fugido ao passar pela porta que seu primo abrira ao sair do apartamento, e assim o doce B. se foi!

APRESENTAÇÃO NA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SANTOS - UNISANTOS

Agendada para dia 11/05/2009 nossa apresentação contará com a presença ilustre do nosso co-terapeuta DHURVAL! Uma satisfação imensa ver o começo de um sonho se realizando. O pequeno Dhu, como carinhosamente o chamamos, vai poder entrar numa Universidade PELA PRIMEIRA VEZ, e será o primeiro CÃO CO-TERAPEUTA a adentrar no ambiente onde se faz a ciência, a Universidade.
Em sendo uma das mais tradicionais Instituições de Ensino da região, considero uma enorme visão de futuro e abertura que os coordenadores, professores e todo pessoal envolvido, demonstraram ter com seus alunos permitindo que vejam na prática como é possível um cão ser um valioso instrumento de trabalho na interação com pessoas e possibilitar a melhora de quadros patológicos de maneira geral.
Trabalhamos em conjunto com a Psicóloga Gisele A. Perondi, em 2008 durante os meses de Agosto à Novembro, na escola de Educação Especial NUMAA em São Vicente. Infelizmente por motivos burocráticos tivemos que encerrar os trabalhos. Os resultados? Foram os mais animadores, saltaram aos olhos principalmente através dos depoimentos das mães dos alunos. Como portadores de autismo nos mais diversos graus e outras síndromes os alunos participaram dos encontros e, pelo que nos contaram as mães, tiveram uma mudança geral de comportamento em casa, ficando mais calmos, atentos à estímulos diversos que anteriormente não chamavam sua atenção.
Com auxílio dos estagiários, em especial Marcelo, conseguimos fazer algumas alterações na vida daquelas crianças. Um dia, ao passearmos pela rua, de mãos dadas com as crianças , alguns conseguiram levar o Dhurval, segurar sua guia e até procurar manter o contato visual com ele à medida que caminhávamos. Parece pouco? Para quem sabe como reagem os autistas sabe exatamente o que significa essa atitude.

Que felicidade poder mostrar o trabalho e principalmente divulgar essa forma terapêutica de intervenção, abrir possibilidades para tantos jovens que o mercado de trabalho em breve absorverá. Obrigada aos amigos que acreditaram no trabalho, obrigada aos professores que "deram a maior força", obrigada aos "irracionais" que talvez não saibam o bem que fazem à nós: HUMILDES SERES HUMANOS!!